6 DICAS PARA NÃO VOLTAR A ACUMULAR TRALHAS

Tempo de leitura: 9 min

Escrito por Roberto Kirizawa
em 21/01/2025

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Você já parou para pensar por que sua casa parece estar sempre cheia, mesmo depois de fazer aquela mega faxina?

Por que os armários continuam abarrotados, mesmo depois de doar várias coisas?

Se você se identificou com essas perguntas, prepare-se para entender porque isso está acontecendo e o que você pode fazer para mudar isso de uma vez por todas.

Hoje, vou compartilhar com você não apenas dicas superficiais de organização, mas uma verdadeira mudança de mentalidade que vai revolucionar sua relação com os objetos e com seu espaço.

E o melhor: você vai descobrir que manter sua casa organizada pode ser muito mais simples do que imagina.

1. O Poder do “Por que?” – Entenda suas Motivações

Antes de começarmos com as soluções práticas, precisamos mergulhar um pouco mais fundo em algo que poucos falam: as razões emocionais por trás do acúmulo.

Você sabia que muitas vezes guardamos coisas não pelo objeto em si, mas pelo significado que atribuímos a ele?

Por exemplo, aquela camiseta antiga do colégio que você nunca usa, mas mantém guardada “por precaução”.

Ou aquela coleção de revistas que você jura que vai ler um dia e só continua acumulando poeira na estante.

Aquele equipamento de exercício que compramos com a promessa de começar uma vida mais saudável, mas que agora serve apenas como cabideiro improvisado.

Aliás, ao invés de ele te ajudar a ter uma vida mais saudável, está na verdade fazendo mais mal, te causando mais culpa e ansiedade do que benefícios reais para sua saúde.

Esses objetos carregam histórias, memórias e, principalmente, expectativas futuras que podem estar nos impedindo de seguir em frente.

A primeira dica é: sempre que for guardar algo, pergunte-se “Por que estou mantendo isso?”.

Se a resposta envolver “talvez um dia” ou “pode ser que precise”, você provavelmente está mantendo algo desnecessário.

Frequentemente recebo mensagens de pessoas que têm problemas com parceiros que guardam objetos quebrados em casa.

É nítido que pessoas que agem dessa forma estão com uma mentalidade tão focada na escassez que não conseguem ver o valor do seu presente e das coisas que já possuem.

Elas vivem constantemente no medo de que algo vai faltar, então guardam tudo “por via das dúvidas”.

Essa mentalidade acaba criando um ciclo vicioso de acúmulo que só piora com o tempo.

Somente no momento em que se começa a entender o “porquê” de se estar acumulando tais objetos é que se torna possível quebrar esse ciclo.

É como se finalmente tirássemos uma venda dos olhos e enxergássemos o verdadeiro impacto que esse comportamento tem em nossas vidas.

Quando essa conscientização acontece, o processo de mudança se torna muito mais natural e duradouro.

Enquanto a pessoa não enxergar que sua forma de agir causa mais mal do que bem para ela mesma e para as outras pessoas que convivem com ela, será muito difícil mudar esse comportamento destrutivo.

E eu digo destrutivo porque pode acabar com a saúde física e mental viver no meio de tralhas e objetos sem utilidade.

O acúmulo excessivo pode levar ao desenvolvimento de ansiedade, depressão e até mesmo problemas respiratórios devido ao pó e à falta de circulação de ar adequada.

Além disso, viver em um ambiente caótico afeta diretamente nossa capacidade de concentração e produtividade.

É preciso primeiro reconhecer o problema para então começar a transformação.

Somente assim poderemos dar os primeiros passos rumo a uma vida mais organizada e consciente.

2. A Regra dos 90 Dias – Seu Novo Mantra

Imagine sua casa como um organismo vivo, onde as coisas precisam fluir naturalmente.

Implementar a regra dos 90 dias pode ser revolucionário: se você não usou, não precisou ou sequer lembrou de algo nos últimos três meses, é hora de repensar sua permanência.

Claro, existem exceções para itens sazonais, como decorações natalinas ou roupas de inverno.

Mas seja honesto consigo mesmo: quantas vezes você usou aquele aparelho de fondue no último ano?

Ou aquele conjunto de pratos especiais que está guardado há tanto tempo que já juntou poeira?

Eu, particularmente, fico muito satisfeito ao ver que eu uso praticamente tudo que tenho com grande frequência.

Dá uma sensação muito boa saber que cada objeto na minha casa tem um propósito real e é utilizado com frequência.

Essa consciência me ajuda a manter apenas o que realmente agrega valor ao meu dia a dia.

Ter um monte de coisas que não usamos só ocupa espaço e acaba nos deixando sobrecarregados.

Temos que gastar tempo, energia e dinheiro para manter, limpar e guardar essas coisas que nem fazem mais sentido em nossas vidas.

É um desperdício de recursos que poderiam ser melhor aproveitados em outras áreas.

É como se cada objeto sem utilidade fosse um peso invisível que carregamos todos os dias.

Afinal de contas os objetos é que devem nos servir e não o contrário.

3. O Sistema de Entrada e Saída – Mantenha o Equilíbrio

Uma das razões mais comuns para o acúmulo é a falta de um sistema de equilíbrio.

Para cada item novo que entra em sua casa, algo precisa sair.

Parece simples, mas essa prática pode transformar completamente sua relação com o consumo.

Para comprar uma camisa nova é necessário que outra tenha se desgastado ou não esteja servindo mais.

Ganhou um novo conjunto de xícaras?

Revise sua coleção atual e separe algumas para passar adiante.

Comprou um novo mixer?

Passe o antigo para quem pode dar uma boa utilidade para ele.

Ao fazer isso, você não só ajuda alguém que precisa, mas também garante que o objeto continue tendo uma vida útil ao invés de ficar ocupando espaço em sua casa.

Este sistema não apenas mantém o volume de objetos sob controle, mas também nos faz pensar duas vezes antes de trazer algo novo para casa.

4. A Técnica dos 5 Minutos – Pequenas Ações, Grandes Resultados

Uma das maiores armadilhas que nos levam ao acúmulo é pensar que precisamos de horas ou dias livres para organizar.

A verdade é que pequenas ações diárias podem prevenir grandes acúmulos.

Dedique apenas 5 minutos por dia para organizar um espaço específico.

Pode ser uma gaveta, uma prateleira ou aquela pilha de papéis sobre a mesa.

O segredo é manter a consistência.

Em uma semana, você terá dedicado 35 minutos à organização, sem nem perceber o esforço.

Isso é muito melhor do que esperar semanas para fazer aquela “mega organização” que nunca chega.

Com pequenas ações diárias, você mantém o controle e evita que o caos se instale novamente.

É uma mudança de hábito que, uma vez estabelecida, se torna natural e muito mais sustentável a longo prazo.

Você só deve entender que isso não irá mudar o fato de ser interessante fazer um destralhe na sua casa de tempos em tempos.

Eu, por exemplo, gosto de fazer o meu destralhe duas vezes por ano.

Atualmente os destralhes que eu faço não ocupam muito o meu tempo.

Acabam sendo mais uma revisão para me certificar se por acaso tenho algo que não estou usando e devo direcioná-lo para doação ou venda.

Mas não foi sempre assim.

O meu destralhe demorou 3 meses e os seguintes não levaram tanto tempo mais também não foram rápidos como é hoje.

Conforme fui desfazendo das coisas e mantendo apenas o essencial, foi ficando cada vez mais fácil e rápido fazer essas revisões periódicas.

É como se eu criasse um músculo da organização – quanto mais fui praticando, mais natural o processo se tornou.

Com o tempo, desenvolvi um olhar mais aguçado para identificar rapidamente o que realmente agrega valor à minha vida.

5. Zonas de Decisão – Crie Espaços Conscientes

Estabeleça zonas específicas em sua casa para diferentes categorias de decisão.

Por exemplo, crie um espaço para “itens em observação” – coisas que você não tem certeza se quer manter.

Estabeleça um prazo (lembra da regra dos 90 dias?) para tomar uma decisão final sobre estes itens.

Outra zona importante é a de “saída” – um local específico para itens que serão doados ou descartados.

Assim que esta área atingir um volume considerável, programe-se para fazer as doações ou descarte adequado.

O importante é não deixar estes itens voltarem para dentro de casa.

No meu caso uma caixa faz o papel da zona de saída.

Tudo que em determinado momento eu identifiquei que não quero mais, não vou usar mais ou que não preciso, vai direto para essa caixa.

Assim que ela enche, faço a triagem do que pode ser doado, vendido ou descartado adequadamente.

Esse sistema simples me ajuda a manter um fluxo constante de desapego, evitando que as coisas se acumulem novamente.

6. O Método da Fotografia – Uma Nova Perspectiva

Às vezes, precisamos de um olhar diferente para enxergar o acúmulo.

Fotografe os ambientes de sua casa regularmente.

Você ficará surpreso como as fotos revelam aspectos que nossos olhos, já acostumados com a bagunça, não percebem mais.

Use estas fotos como referência para acompanhar seu progresso e identificar áreas que tendem a acumular mais.

É incrível como os ambientes da casa vão mudando aos poucos e acabamos não percebendo.

É uma tralha que começa a ocupar um canto da sala, outra que vai para no canto do balcão da cozinha e por lá fica.

Sem perceber, vamos nos acostumando com a presença desses objetos e eles acabam se tornando parte da paisagem, invisíveis aos nossos olhos no dia a dia.

É por isso que as fotos são tão importantes – elas nos mostram a realidade do ambiente de uma forma mais objetiva e imparcial.

Esta prática também serve como um excelente motivador, pois permite visualizar claramente as melhorias conquistadas ao longo do tempo.

Conclusão: Sua Nova Jornada Começa Agora

Parar de acumular tralhas não é apenas sobre ter uma casa mais organizada – é sobre criar espaço para novas experiências, menos stress e mais liberdade.

Isso a maioria das pessoas não percebem.

Nós, de forma geral, acabamos não pesando o quanto um ambiente desorganizado pode prejudicar nossa qualidade de vida.

Fatores como produtividade reduzida, dificuldade de concentração, aumento do estresse e até mesmo problemas de saúde mental podem estar diretamente relacionados ao excesso de objetos e à desorganização em nosso ambiente.

É sobre entender que nossa felicidade não está nos objetos que possuímos, mas nas memórias que criamos e nas experiências que vivemos.

Agora, uma dica importante: não espere ter tempo livre ou motivação extra.

A mudança acontece um pequeno passo de cada vez, e cada decisão consciente que você toma hoje está construindo seus hábitos de amanhã.

Lembre-se: o objetivo não é ter uma casa perfeita de revista, mas um espaço que reflita quem você é e que apoie o estilo de vida que você deseja ter.

Só assim será possível alcançar uma Vida Leve, com Significado!

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