O PIOR ERRO QUE VOCÊ PODE FAZER COM O SEU DINHEIRO

Tempo de leitura: 5 min

Escrito por Roberto Kirizawa
em 06/10/2023

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Um erro muito comum que muitas pessoas cometem e que inevitavelmente impede que elas alcancem a independência financeira é a tendência de aumentar seu padrão de vida toda vez que conseguem aumentar sua renda.

É importante ter consciência de que, para conquistar a independência financeira, é necessário não apenas aumentar os ganhos, mas também controlar os gastos e poupar regularmente.

Dessa forma, é possível criar uma base sólida para alcançar a liberdade financeira no longo prazo.

Exemplo prático

Imagine que Bob tenha um salário de R$ 5.000,00.

Ele gasta R$ 4.000,00 com seus custos fixos de moradia, água, energia elétrica, gás, internet e alimentação.

O restante que sobra, ou seja R$ 1.000,00, ele usa para passeios, roupas e baladas.

Depois de passar alguns anos nessa situação, Bob consegue mudar de emprego e passar a ter um salário maior de R$ 10.000,00.

Agora, parece que Bob vai se dar bem na vida, certo?

Até porque, sua renda mensal dobrou de valor.

Finalmente ele terá R$ 5.000,00 para começar a poupar todo mês.

Isso quer dizer que ele tem a capacidade de juntar R$ 60.000,00 por ano, sem contar os juros que ele pode receber dependendo da aplicação que ele usar para ir acumulando seu dinheiro.

Mas infelizmente não é isso o que acontece com o Bob…

Logo após ter este aumento repentino em sua renda, ele imediatamente sobe o seu padrão de vida.

Muda-se para um apartamento maior e melhor localizado, troca de carro por um mais luxuoso e passa a frequentar restaurantes mais caros.

Dessa forma, dos R$ 10.000,00 que ele tem de renda, R$ 7.000,00 são gastos com seu custo fixo para viver, e R$ 3.000,00 com os gastos em lazer.

Assim, ele continua da mesma que anteriormente: sem conseguir poupar nada a cada mês.

E o pior, é que agora morando em um apartamento maior, ele sente necessidade de comprar mais móveis para preencher os espaços que ainda estão vazios.

E com o carro mais luxuoso, ele passa a ter gastos maiores com a manutenção, seguro e impostos.

Tudo isso faz com que seus gastos acabem extrapolando o valor da sua renda em determinados meses, fazendo-o contrair dívidas para manter este novo padrão de vida.

Por ironia do destino, antes, ao receber metade do que está recebendo agora, Bob não conseguia poupar dinheiro, mas pelo menos não tinha dívidas.

Porém, agora, recebendo o dobro do salário anterior, começou a ter dívidas que está com dificuldades de quitar.

Isso acaba acontecendo com mais pessoas do que se imagina.

É uma armadilha cruel, que faz as pessoas ficarem reféns do sistema, dos seus empregos, e sentirem que não são mais donas da própria vida.

Pior ainda é quando acontece um imprevisto e não se tem uma reserva de emergência para poder cobrir o rombo financeiro daquele momento.

Ter uma reserva de emergência é essencial para lidar com situações inesperadas, como perda de emprego, doenças ou despesas urgentes.

Sem uma reserva, as pessoas acabam recorrendo a empréstimos, criando dívidas e comprometendo ainda mais sua estabilidade financeira.

Pensamento correto

A forma correta de pensar é: quando acontece o aumento da renda, fica mais fácil de aumentar a quantidade de dinheiro poupado mensalmente.

É importante resistir à tentação de elevar o padrão de vida imediatamente e em vez disso, priorizar a poupança.

Ao manter os gastos sob controle e poupar uma porcentagem maior da renda extra, é possível criar uma reserva financeira sólida e caminhar em direção à independência financeira.

Não é necessário poupar todo o aumento da renda que acontece, mas é imprescindível entender que uma parte dela deve ser direcionada para criar uma reserva de emergência e uma poupança para o futuro.

Educação financeira

Seria benéfico se as escolas incluíssem a educação financeira em seu currículo, ensinando conceitos básicos como orçamento, poupança, investimentos e gerenciamento de dívidas.

Da mesma forma, as faculdades também poderiam oferecer disciplinas relacionadas à educação financeira, preparando os jovens para lidar com as responsabilidades financeiras que enfrentarão após a formatura e como administrar o dinheiro que terão com suas futuras carreiras.

A educação financeira desempenha um papel fundamental na formação de indivíduos responsáveis e conscientes em relação ao dinheiro.

Ela ensina como administrar os recursos financeiros de forma inteligente, planejar o futuro, evitar dívidas desnecessárias e alcançar a independência financeira.

Além disso, os adultos também podem buscar informações e conhecimento por conta própria, participando de cursos, lendo livros e artigos, e consultando profissionais especializados.

Quanto mais as pessoas se educarem financeiramente, mais preparadas estarão para tomar decisões conscientes e evitar os erros financeiros que podem comprometer seu futuro.

A educação financeira é um investimento valioso para as pessoas em todas as fases da vida.

Ela proporciona uma base sólida para construir uma vida financeira saudável e alcançar os objetivos financeiros desejados.

O que é ser rico

Ser rico não é apenas sobre o quanto você faz de dinheiro, mas também quanto você consegue poupar deste dinheiro.

O conceito que as pessoas tem de riqueza está errado e deturpado.

Não é porque uma pessoa tem um carrão e anda com roupas de grife que ela é rica.

Infelizmente as redes sociais apenas aumentam este tipo de pensamento e atitude.

Por isso tantas pessoas começam comprar por impulso, apenas querendo ostentar.

Existem muitas pessoas por aí vivendo de aparência, mas à noite, quando ela coloca a cabeça no travesseiro não consegue dormir preocupadas com as dívidas que possui.

A pessoa com mentalidade da riqueza entende que é preciso sempre ter uma entrada de dinheiro maior que a saída.

Essa é a forma sadia de lidar com o dinheiro. Seja uma empresa ou uma pessoa.

Afinal de contas, pra quê comprar coisas que não precisamos.

Com dinheiro que não temos.

Pra impressionar pessoas que nem gostamos?

A escolha é sua.

Mas não esqueça que as consequências também serão…

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