O óbvio não é óbvio. Principalmente quando comparado entre uma pessoa e outra.
O conceito de ser óbvio pode variar de pessoa para pessoa.
Ainda mais quando é influenciado por conhecimento, perspectivas e experiências individuais.
O que pode parecer óbvio para uma pessoa pode não ser tão evidente para outra que tem uma formação ou conjunto de crenças diferentes.
Além disso, algumas pessoas podem ser mais analíticas e céticas, exigindo mais evidências antes de aceitar algo como óbvio, enquanto outras podem ser mais intuitivas e aceitar suas primeiras impressões.
Assim, nossa compreensão do que é óbvio é moldada por uma mistura complexa de fatores, tornando-a um conceito bastante subjetivo e relativo.
Experiências de vida diferentes
Não sou só eu.
Muitas pessoas têm experiências diferentes que moldam suas perspectivas e compreensões do mundo.
O que é óbvio para uma pessoa pode não ser para outra que não tenha tido as mesmas experiências.
Por exemplo, se você esteve nas forças armadas, pode compreender melhor a importância da disciplina do que alguém que não a tenha vivenciado.
Se você criou crianças, você pode compreender melhor os desafios da criação de crianças do que alguém sem filhos ou sem muita experiência com crianças pequenas.
O que torna isso ainda mais difícil é que às vezes não conseguimos articular o que nossas experiências nos ensinaram porque não sabemos como explicá-las em palavras.
Além disso, as experiências das pessoas com membros da família e amigos podem influenciar suas atitudes em relação aos relacionamentos.
Algumas pessoas tiveram relacionamentos felizes e gratificantes com seus pais ou irmãos, enquanto outras foram negligenciadas ou abusadas por eles.
Isto pode levar a desconfiar dos outros ou sentir como se fosse impossível para eles encontrar amor ou estabelecer relacionamentos significativos em suas vidas quando envelhecem.
Diferenças culturais
Sua perspectiva cultural influencia sua visão do mundo.
Diferentes culturas têm diferentes maneiras de entender e interpretar as informações. Algo que é óbvio para uma cultura pode não ser para outra.
As perspectivas culturais são frequentemente baseadas em crenças e valores que são transmitidos de geração em geração.
Elas influenciam como nos comportamos, o que vestimos e como nos comunicamos com os outros.
Essas crenças podem ser baseadas na religião e na espiritualidade ou simplesmente em nossa educação por parte de nossos pais ou guardiões.
Algumas pessoas têm sido expostas a normas e crenças culturais diferentes de outras, o que pode impactar a forma como elas vêem outras culturas e pessoas.
Por exemplo, alguém que cresceu em uma área rural pode não entender como vivem os habitantes das cidades, enquanto que alguém que viveu em uma grande área metropolitana durante toda sua vida pode não entender como funcionam as pequenas cidades.
Educação
A educação também tem um papel importante.
A educação é uma força poderosa para moldar a forma como pensamos e vemos nossa realidade.
Tem sido dito que a educação não é a preparação para a vida, mas a própria vida; é o treinamento da mente e do caráter através do qual se pode participar melhor na melhoria da sociedade.
Entenda aqui que não estou comentando meramente da educação escolar, mas sim da educação que podemos receber da vida de forma geral.
Seja através de nossos pais, meio social, mentores e até pessoas próximas.
Nossa educação determina nosso futuro, o que aprendemos com ela, como pensamos sobre ela, e como agimos.
A educação nos proporciona conhecimento, habilidades e compreensão que podemos usar para melhorar a nós mesmos e nossas vidas.
A educação nos ajuda a adquirir habilidades que nos ajudarão a alcançar o sucesso na vida.
Uma pessoa que tem uma boa educação tem maiores oportunidades de sucesso do que aquelas que não têm uma educação.
A educação permite que as pessoas desenvolvam seus potenciais e habilidades para que possam fazer contribuições à sociedade.
A educação também nos permite compreender melhor a nós mesmos, assim como os outros ao nosso redor.
Ela nos ajuda a entender por que as coisas acontecem como elas acontecem, por que as pessoas se comportam de certas maneiras ao invés de outras e o que as motiva a fazer isso.
Com este conhecimento, podemos desenvolver estratégias para lidar com diferentes situações que surgem em nossas vidas ou dentro de nosso ambiente.
Temperamento
As pessoas têm temperamentos diferentes.
Algumas são mais pacientes e metódicas, enquanto outras são mais impulsivas e impacientes.
Isto pode afetar a maneira como elas entendem as coisas.
Por exemplo, uma pessoa impaciente pode pensar que alguém que é paciente está sendo preguiçoso ou ineficiente.
Mas na realidade, essa pessoa tem um temperamento diferente e pode ser mais minuciosa em seu trabalho.
Isto pode causar problemas quando as pessoas não compreendem o temperamento umas das outras e chegam a conclusões erradas e precipitadas sobre as intenções e motivações umas das outras.
Também pode ser difícil para pessoas com temperamentos diferentes se comunicarem efetivamente umas com as outras por causa de suas diferentes maneiras de pensar sobre as coisas.
Por exemplo, uma pessoa impaciente pode não estar disposta a esperar que uma pessoa metódica termine algo porque acha que não é suficientemente importante.
Por outro lado uma pessoa metódica pode se sentir frustrada pela falta de planejamento ou organização de uma pessoa impulsiva ao completar tarefas juntas no trabalho ou na escola.
Outro exemplo é quando alguém nos diz algo que não queremos ouvir, como se dissessem algo rude ou maldoso a nosso respeito.
Podemos tomar isso como um insulto, mesmo que não tenha sido pretendido como tal pela outra pessoa.
Agora, se alguém tivesse estado presente durante esta interação e ouvido exatamente o que foi dito e como foi dito, então as chances são boas de que ele ou ela o teria interpretado de forma diferente da nossa porque seu temperamento pode ser diferente do nosso.
Expansão da consciência
Há várias maneiras de aprendermos mais sobre nossas próprias perspectivas.
Fazer perguntas como “Qual é sua perspectiva sobre esta situação?” ou “Como esta situação o faz sentir?
Ouça atentamente quando alguém compartilhar sua experiência com você.
Preste atenção em como fala sobre isso e como usa palavras.
Por exemplo, se usar palavras como “deve” pode indicar que elas vêem algo como uma obrigação e não como uma escolha.
O óbvio não é óbvio
As pessoas têm experiências diferentes que moldam suas perspectivas e compreensões do mundo.
O que é óbvio para uma pessoa pode não ser para outra que não tenha tido as mesmas experiências.
Algumas pessoas são capazes de ver as coisas de muitos ângulos diferentes, enquanto outras estão focalizadas em apenas um aspecto.
É importante lembrar que todos vêem as coisas de maneira diferente e que não existe uma maneira certa ou errada de ver as coisas.
Ao se comunicar com pessoas que têm uma perspectiva diferente da sua, pode ser útil tentar entender de onde elas estão vindo.
Para fazer isso de forma eficaz, precisamos primeiro estar cientes de nossas próprias perspectivas para que possamos reconhecer quando outra pessoa tem uma perspectiva diferente da nossa.
Só assim você vai compreender que o óbvio não é óbvio.
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