Você já se pegou correndo atrás das suas metas como um cachorro corre atrás do próprio rabo?
Insistindo, insistindo, mas nunca realmente chegando lá?
Eu já. E aposto que você também.
Há alguns anos, eu estava obcecado por números.
Quantas metas cumpridas, quanto dinheiro no banco, quantos projetos concluídos.
Eu tinha planilhas, apps de produtividade, métodos sofisticados de acompanhamento.
E ainda assim, sentia um vazio inexplicável cada vez que alcançava uma meta.
Até que um dia, durante uma caminhada sem rumo após mais uma conquista “vazia”, me peguei questionando: “Por que estou fazendo isso mesmo?”.
Foi aí que tudo mudou.
Percebi que estava focando nas metas, mas havia esquecido completamente o porquê delas.
E quando encontrei meus “porquês”, descobri uma fonte inesgotável de energia que transformou não apenas meus resultados, mas toda a jornada.
Por que ficamos obcecados com metas?
Vivemos em uma sociedade orientada a resultados.
Desde cedo, somos condicionados a pensar em termos de conquistas: notas boas na escola, um bom emprego, casa própria, casamento, filhos…
A lista é interminável e segue um roteiro que raramente questionamos.
Essa obsessão com metas tem suas raízes no próprio funcionamento do nosso cérebro.
Estudos mostram que quando alcançamos um objetivo, nosso corpo libera dopamina, o neurotransmissor do prazer.
É uma sensação boa, mas passageira.
E assim caímos no ciclo vicioso de estabelecer metas cada vez maiores, buscando mais doses desse prazer efêmero.
Eu mesmo caí nessa armadilha.
Quantas vezes você já disse “vou ser feliz quando…” ou “estarei satisfeito quando…”?
Deixamos a felicidade e a satisfação para um futuro que, ironicamente, nunca chega.
Porque quando aquela meta é alcançada, já estamos mirando a próxima.
O problema não está nas metas em si, mas na nossa relação com elas.
Transformamos o que deveria ser apenas um ponto de referência em uma condição para nossa felicidade e realização.
A diferença entre “o quê” e “por quê”
Quase todo mundo sabe “o que” quer.
Um corpo mais saudável. Um negócio bem-sucedido. Uma casa maior. Uma promoção.
São os “o quês” da vida. E não há nada de errado com isso.
O problema é que poucas pessoas param para pensar no “por quê”.
Por que quero emagrecer? Por que quero esse cargo? Por que quero mais dinheiro?
Quando comecei a fazer essas perguntas a mim mesmo, percebi que muitos dos meus “o quês” eram motivados por expectativas externas, comparações com outras pessoas ou simples impulso de acumulação.
Não havia uma conexão genuína entre muitas das minhas metas e o que realmente importava para mim.
Na época eu queria ter um carro bacana. Mas por quê?
Para impressionar pessoas que mal conhecia? Para me sentir validado?
E nesse momento me veio aquele insight: pra quê querer alcançar certas metas que não vão fazer diferença alguma na vida?
Assim, eu pude começar a selecionar melhor o que eu realmente gostaria de de conquistar.
Por exemplo, uma das minhas grandes motivações, desde a adolescência quando eu dava aulas particulares, era o poder de transformar a vida das pessoas.
Poder ajudar as pessoas a superarem seus desafios e alcançarem um novo patamar na vida sempre foi minha maior motivação.
Por isso eu criei o canal Quando Menos é Mais e me dedico todos os dias a ajudar as pessoas a fazerem as mudanças necessárias para conquistarem uma Vida Leve, com Significado.
Quando me aprofundei no “por quê”, descobri que o que eu realmente queria era impactar positivamente a vida das pessoas.
O “por quê” é o que dá significado ao “o quê”.
É o que transforma uma simples meta em uma missão.
É o que faz você persistir quando as coisas ficam difíceis.
É o que mantém o fogo aceso mesmo nos dias mais frios.
Por exemplo, eu sei que muitas pessoas gostariam de melhorar seu posicionamento no mercado de trabalho, tendo acesso a vagas disponíveis com salários mais atrativos.
No entanto, para isso, precisariam se atualizar — especialmente hoje, quando estamos entrando na era da inteligência artificial.
Isso é o “o quê”.
Então é necessário pensar no “por quê”.
Que poderia ser dar um futuro melhor para sua família, ter mais opções de escolha na vida, fazer algo que realmente valorize suas habilidades e o faça se sentir realizado.
Quando você está conectado com esse propósito maior, aprender novas tecnologias deixa de ser apenas uma obrigação e se torna um caminho empolgante para realizar seus sonhos mais profundos.
Por isso, eu acho interessante você saber que entre os dias 11 e 17 de março, vai rolar a Semana do Consumidor da Hashtag Treinamentos!
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Como descobrir seu verdadeiro “por quê”
Descobrir seu “por quê” não é um processo instantâneo.
Exige introspecção honesta e, muitas vezes, a coragem de enfrentar verdades incômodas sobre nós mesmos.
Comece fazendo a pergunta: “Por que quero isso?”.
E quando tiver uma resposta, pergunte novamente: “Por que isso é importante para mim?”.
Continue esse processo algumas vezes e você começará a se aproximar do seu verdadeiro “por quê”.
Por exemplo:
- Quero ganhar mais dinheiro. Por quê?
- Quero ter mais liberdade financeira. Por quê?
- Quero passar mais tempo com minha família. Por quê?
Veja como chegamos do “ganhar mais dinheiro” (uma meta) ao “experimentar mais momentos de felicidade e realização com a família” (um valor, um propósito).
Quando fiz esse exercício, descobri que muitas das minhas metas eram apenas meios para chegar a fins mais profundos: liberdade, impacto positivo, conexão humana, crescimento pessoal.
Esses se tornaram meus verdadeiros “por quês”, e reconhecê-los mudou tudo.
Quando o “por quê” é claro, o “como” se revela
Existe um fenômeno interessante que acontece quando você se conecta profundamente com seu “por quê”: o caminho para chegar lá começa a se revelar naturalmente.
Lembro-me de quando decidi que queria ajudar pessoas a viverem vidas mais significativas (meu “por quê”).
Inicialmente, pensei que o único caminho seria através de um canal no YouTube com milhões de inscritos (meu “o quê”).
Mas quando mantive o foco no “por quê”, percebi que havia inúmeras maneiras de realizar esse propósito: escrever livros, criar cursos, dar palestras em escolas locais, mentoria individual, workshops e assim por diante.
Possibilidades que eu nunca teria considerado se estivesse obcecado apenas com a meta específica do canal.
É como se, quando você está sintonizado com seu propósito, o universo conspira para mostrar caminhos que você nem imaginava.
Portas se abrem, pessoas certas cruzam seu caminho, oportunidades surgem.
Isso não significa que não devamos ter metas específicas.
Elas são importantes como pontos de referência.
Mas quando o “por quê” está claro, você se torna mais flexível quanto ao “como” chegar lá.
E essa flexibilidade, ironicamente, muitas vezes nos leva a alcançar resultados ainda melhores do que os inicialmente planejados.
Como o “por quê” mantém sua motivação mesmo nas dificuldades
Todo caminho tem seus obstáculos.
Momentos em que você questiona se vale a pena continuar.
É nessas horas que o “por quê” faz toda a diferença.
Quando sua motivação está baseada apenas em alcançar uma meta específica, qualquer dificuldade pode parecer um sinal para desistir.
“Se é tão difícil, talvez não seja para mim”, você pensa.
Mas quando sua motivação vem de um propósito maior, de um “por quê” profundo, as dificuldades ganham outro significado.
Elas se tornam parte da jornada, testes de seu compromisso, oportunidades de crescimento.
Um exemplo pessoal: quando comecei a gravar meu primeiro curso, estabeleci a meta de terminá-lo em seis meses.
Mas após três meses, enfrentei um bloqueio criativo severo.
Se meu foco fosse apenas na meta (terminar o livro em seis meses), eu provavelmente teria desistido ou produzido algo medíocre apenas para cumprir o prazo.
Mas meu “por quê” era compartilhar ideias que pudessem transformar vidas.
E esse propósito era maior que qualquer cronograma.
Então dei um passo atrás, reorganizei minhas ideias, busquei inspiração em novas fontes e, embora tenha levado nove meses em vez de seis, o resultado final foi muito mais impactante do que eu havia imaginado inicialmente.
O “por quê” dá sentido às dificuldades.
Ele transforma obstáculos em desafios e fracassos em lições.
Ele mantém a chama acesa mesmo nos ventos mais fortes.
Como alinhar suas ações diárias com seu “por quê”
Conhecer seu “por quê” é apenas o primeiro passo.
O verdadeiro desafio é alinhar suas ações diárias com esse propósito maior.
É fácil perder-se na rotina, nas urgências do dia a dia, nas distrações infinitas que competem por nossa atenção.
Antes que percebamos, estamos dedicando horas a atividades que nada têm a ver com o que realmente importa para nós.
Uma prática que transformou minha vida foi o que chamo de “filtro do propósito”.
Antes de comprometer-me com qualquer projeto ou atividade significativa, faço três perguntas:
- Isso contribui para meu “por quê”?
- Quão diretamente isso me aproxima do meu propósito?
- Existe uma forma mais eficaz de servir ao meu “por quê” com o mesmo tempo e energia?
Esse simples filtro me ajudou a eliminar distrações, a dizer “não” para oportunidades que pareciam boas mas não estavam alinhadas com meu propósito, e a focar minha energia naquilo que realmente importa.
Outro exercício poderoso é o que chamo de “hora do propósito”.
Todos os dias, dedico pelo menos uma hora para atividades diretamente ligadas ao meu “por quê” maior.
Nenhuma distração, nenhuma negociação, nenhuma desculpa.
Uma hora sagrada para o que realmente importa.
Com o tempo, essa hora começou a se expandir naturalmente.
E percebi que quanto mais tempo dedicava ao meu propósito, mais realizado e energizado me sentia.
Era como se tivesse encontrado uma fonte inesgotável de energia.
Como o foco no “por quê” transforma sua relação com o sucesso e o fracasso
Uma das transformações mais profundas que experimentei quando mudei meu foco da meta para o “por quê” foi em relação à minha definição de sucesso e fracasso.
Quando estamos obcecados por metas específicas, o sucesso se torna binário: ou você alcança a meta, ou fracassa.
Não há meio termo, não há nuances.
E isso cria uma pressão enorme, além de nos cegar para os aprendizados e conquistas ao longo do caminho.
Mas quando seu foco está no “por quê”, sua definição de sucesso se expande.
Sucesso passa a ser qualquer avanço em direção ao seu propósito maior, qualquer impacto positivo, qualquer crescimento alinhado com seus valores.
Da mesma forma, o fracasso deixa de ser o não alcance de uma meta específica e passa a ser qualquer desvio significativo do seu propósito, qualquer compromisso de seus valores.
Isso não significa que as metas específicas deixam de ter importância.
Elas continuam sendo pontos de referência úteis.
Mas não são mais a medida definitiva do seu valor ou sucesso.
Quando lancei meu curso online, estabeleci a meta de transformar a vida de 3% dos inscritos do canal.
Acabou que não atingi a meta esperada.
Pelos padrões da meta específica, isso seria um fracasso.
Mas meu “por quê” era ajudar pessoas a descobrirem e viverem seus propósitos.
E os depoimentos dos alunos, as transformações que testemunhei, o impacto real nas vidas deles… tudo isso estava perfeitamente alinhado com meu propósito maior.
Foi um sucesso ou um fracasso?
Pelos padrões das metas, um fracasso.
Pelos padrões do propósito, um tremendo sucesso.
E qual dos dois me trouxe mais paz e realização? A resposta é óbvia.
Criando uma cultura do “por quê” em equipes e organizações
Essa transformação do foco da meta para o “por quê” não se limita ao nível individual.
Ela pode ser igualmente poderosa em equipes e organizações.
Eu percebi que equipes alinhadas por um propósito comum são infinitamente mais engajadas, criativas e resilientes do que equipes unidas apenas por metas numéricas.
Quando todos compreendem e se conectam com o “por quê” por trás do trabalho que fazem, a motivação se torna intrínseca.
As pessoas não trabalham apenas pelo salário ou pelo bônus, mas porque acreditam genuinamente na importância do que estão fazendo.
Tive a oportunidade de implementar essa filosofia em várias equipes que liderei, e os resultados foram surpreendentes.
A produtividade aumentou, sim, mas o mais impressionante foi a transformação na qualidade do trabalho, na iniciativa das pessoas, na colaboração espontânea, na capacidade de superar obstáculos.
Conclusão: O poder transformador do propósito
O que compartilhei hoje não é apenas uma teoria ou uma técnica de produtividade.
É uma filosofia de vida que transformou profundamente minha relação com metas, sucesso, trabalho e, em última análise, comigo mesmo.
Quando você deixa de focar obsessivamente nas metas e volta sua atenção para o “por quê” por trás delas, algo mágico acontece.
A jornada se torna tão ou mais significativa que o destino.
Os obstáculos ganham propósito.
As escolhas ficam mais claras.
A motivação vem de dentro, não de fora.
Não estou sugerindo que você abandone suas metas.
Elas são importantes como pontos de referência, como formas de medir progresso.
Mas convido você a tratá-las como servas do seu propósito maior, não como mestras da sua vida.
Pergunte-se hoje: Quais são meus verdadeiros “por quês”?
O que me move no nível mais profundo?
Que diferença quero fazer no mundo, por menor que seja minha esfera de influência?
E quando tiver suas respostas, mesmo que sejam apenas vislumbres iniciais, comece a alinhar suas ações, suas metas e suas decisões com esse propósito maior.
A vida é curta demais para ser vivida perseguindo metas vazias.
É rica demais para ser reduzida a números, rankings e conquistas externas.
É preciosa demais para ser guiada por expectativas alheias ou comparações inúteis.
Encontre seu “por quê”.
Conecte-se profundamente com ele.
E então, com ele como bússola, saia da sua zona de conforto e embarque na jornada mais significativa de todas: uma vida alinhada com seu propósito mais autêntico.
O mundo não precisa de mais pessoas obcecadas com metas.
Precisa de pessoas apaixonadas por propósitos que as transcendem.
E levando tudo isso em consideração, talvez, você seja uma dessas pessoas.
Aliás, qual é o seu “por quê”?
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