NÃO É ASSIM QUE O DESTRALHE FUNCIONA

Tempo de leitura: 4 min

Escrito por Roberto Kirizawa
em 17/12/2023

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Destralhe, você já ouviu falar desse termo?

É uma prática que vem ganhando popularidade na nossa sociedade moderna e não é difícil entender o porquê.

Destralhe é a arte de se livrar de coisas desnecessárias e desordenadas em nossas vidas, e os benefícios são enormes.

Imagine viver em um ambiente onde cada item tem um propósito e um lugar.

Parece um sonho, não é?

Mas, acredite, é possível com o destralhe.

Quando eliminamos o excesso, a desordem desaparece, o que nos permite focar no que realmente importa.

É necessário entender que o destralhe não é apenas sobre a organização física.

Ele também pode ter um impacto significativo no nosso bem-estar mental.

Ao nos livrarmos de coisas que não precisamos ou não usamos, podemos reduzir o estresse e aumentar a nossa tranquilidade.

Só que com todos esses benefícios muitos, como é normal de se fazer, acabam radicalizando a ideia e comprometendo a possibilidades de mais pessoas se beneficiarem com isso.

Por isso, hoje eu resolvi conversa com você sobre este assunto.

Casa vazia

Um dos mitos mais comuns que ouvimos sobre o destralhe é que o objetivo final é ter uma casa completamente vazia.

Mas, gente, vamos lá, isso não só é impraticável, como também não é a ideia central do destralhe.

Afinal de contas, você não precisa se livrar de tudo que possui para viver uma vida simplificada e organizada.

O destralhe não é sobre privação, é sobre reduzir o excesso e manter apenas aquilo que é útil, significativo e que traz alegria para a sua vida.

Então, se você está olhando ao redor da sua casa pensando que precisa jogar fora tudo para atingir o nirvana do destralhe, respire fundo, dê um passo atrás e reconsidere.

O destralhe é uma jornada, não um destino, e cada um de nós tem um ritmo e um ponto de chegada diferente.

Método único

Outro equívoco que muita gente tem é que há um único método correto para fazer o destralhe.

Mas, vamos lá, a vida não é uma ciência exata e o que funciona para um pode não funcionar para o outro.

Cada um de nós tem uma vida, necessidades e personalidades diferentes.

O que é essencial para um, pode ser excesso para outro.

O que traz alegria para um, pode não trazer para outro.

Então, como poderia existir um único método correto de destralhe?

A verdade é que o destralhe deve ser adaptado a cada um.

Devemos levar em consideração nossas próprias circunstâncias de vida, necessidades pessoais e perfil.

O importante é encontrar um método de destralhe que funcione para você e que te ajude a manter o foco no que realmente importa.

Então, se você já tentou algum método de destralhe que não deu certo, não desanime!

Talvez só precise ajustar o método ao seu estilo de vida, ao seu ritmo.

O destralhe é uma jornada de autoconhecimento e não uma competição.

A ideia é tornar o processo de destralhe prazeroso e não um fardo.

Desapego emocional

E agora, chegamos a um dos aspectos mais desafiadores do destralhe: o desapego emocional.

Aí você me pergunta: Roberto, como eu consigo me desapegar de algo que tem tanto valor sentimental para mim?

E é aí que eu te digo meu caro Watson: calma, vou te explicar!

O destralhe emocional não é sobre esquecer as memórias ou desvalorizar as experiências.

É sobre entender que os sentimentos e as memórias não estão nos objetos, mas sim em nós.

Pense bem, aquela camiseta do show incrível que você foi, ela não traz o show de volta, não é mesmo?

O que traz o show de volta são as suas lembranças, as músicas, as experiências.

E isso, ninguém tira de você.

Então, quando você olha para um objeto e sente aquela pontinha de culpa por querer se desfazer dele, lembre-se: você não está jogando fora a memória, só está liberando espaço físico.

E sabe o que é legal?

Esse espaço liberado pode ser ocupado por novas experiências, novas memórias.

Inclusive teremos conteúdos exclusivos sobre desapego emocional que serão disponibilizados na nossa Comunidade Minimalista.

Processo contínuo

Outro ponto importante a destacar é que o destralhe é um processo contínuo.

Ele não é algo que você faz uma vez e pronto.

Pelo contrário, é uma jornada que continua ao longo da vida.

Com o passar do tempo, as coisas mudam – nossas vidas mudam, nossos interesses mudam, e o que era importante para nós ontem pode não ser mais hoje.

E aí é que está a beleza do destralhe.

Ele nos permite reavaliar constantemente o que temos em nossas vidas.

De tempos em tempos, é importante parar e perguntar: “Este item ainda é significativo para mim? Ainda traz valor para a minha vida? Ainda me traz alegria?”

Se a resposta for não, então pode ser hora de deixá-lo ir.

Mas não se preocupe, isso não significa que você está falhando no destralhe.

Pelo contrário, é um sinal de que você está evoluindo, mudando, crescendo.

E o destralhe, com sua natureza adaptativa, está lá para acompanhar você nessa jornada.

Mas, e aí, como começar esse processo?

Bom, comece aos poucos, com objetos menores e que tenham menos carga emocional.

Com o tempo, você vai perceber que o desapego emocional vai ficando mais fácil.

E lembre-se, cada passo que você dá no destralhe é um passo em direção a uma vida com menos estresse e mais liberdade.

Então, respire fundo, e vamos juntos nessa jornada em busca de uma vida leve, com significado!

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