NÃO CAIA NESSAS ARMADILHAS DE JUNTAR TRALHAS

Tempo de leitura: 5 min

Escrito por Roberto Kirizawa
em 25/03/2024

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Imagine uma vida onde cada canto da sua casa está livre de tralhas. Parece maravilhoso, não é?

É um objetivo comum, mas distante da realidade para muitos.

Dito isso, pouquíssimas pessoas querem viver a vida cercadas por bagunça, mas muitos de nós vivem assim, afogados em coisas que não precisamos.

Coisas que, ao invés de nos ajudar a cumprir nosso propósito, adicionam estresse ao nosso dia a dia e nos afastam dele.

Como chegamos até aqui?

É importante entender que isso acontece não só por causa do constante bombardeio de anúncios, do incansável clamor dos profissionais de marketing, ou mesmo da pressão da sociedade para ter mais (embora esses sejam causadores parciais).

A raiz do problema muitas vezes está nas armadilhas que caímos sobre as coisas que possuímos e o que nossos pertences representam.

Para ajudar, vamos identificá-las a fim de entender como viver de forma mais proposital e em uma casa livre de tralhas.

1- Eu sou uma pessoa desorganizada mesmo

Este é um mito e uma armadilha comum que muitos de nós tendem a acreditar.

A ideia de que ser bagunçado é apenas uma parte intrínseca de quem somos e que isso é algo que não podemos mudar.

Este pensamento, no entanto, é uma desculpa para não tentarmos mudar.

A verdade é que ser organizado não é um traço de personalidade, mas sim uma habilidade que você pode aprender e desenvolver.

Sua predisposição para ser desorganizado não precisa necessariamente definir o seu futuro.

A chave para a mudança está em alterar nossa maneira de pensar e em dar pequenos passos em direção à organização.

Todos nós somos capazes de criar novos hábitos.

E são esses hábitos que, no final das contas, ou nos servem ou nos atrapalham.

Eles sempre podem ser mudados, melhorados e adaptados para nos ajudar a viver de uma maneira mais funcional e menos caótica.

2- Comprar mais coisas me deixará mais feliz

A armadilha de que novas aquisições trazem felicidade é outro mito que muitos de nós acreditamos.

Claro, novas posses podem trazer alegria a curto prazo, mas isso rapidamente desaparece quando voltamos aos nossos sentimentos básicos de felicidade.

O que é ainda pior, ter coisas demais pode tornar nossas casas confusas e bagunçadas, o que é exatamente o oposto da sensação de felicidade que buscamos.

O excesso de coisas pode criar um ambiente de estresse e confusão, dificultando nossa capacidade de relaxar e desfrutar de nossos lares.

Na verdade, uma casa com menos bagunça realmente nos ajuda a nos sentir melhor e nos ajuda a focar no que é realmente importante.

Isso nos mostra que possuir menos é, na verdade, a melhor maneira de viver.

Ao reduzir a quantidade de coisas que possuímos, podemos criar um ambiente mais tranquilo e organizado, o que por sua vez pode nos ajudar a nos sentir mais felizes e satisfeitos.

3- Minhas coisas não atrapalha ninguém

Sabe aquelas vezes em que pensamos: “Tudo bem, talvez aquela minha última aquisição não tenha trazido a felicidade que eu esperava a longo prazo. Agora, ela só está acumulando poeira numa prateleira esquecida no porão. Mas afinal, qual é o problema com isso? Ela não está atrapalhando ninguém mesmo!”

Aí é que mora o engano!

Esse pensamento desconsidera o quanto a desordem nos afeta diretamente.

Cada objeto que possuímos não é apenas um item físico ocupando um espaço na nossa casa.

É também um ocupante do nosso espaço mental, um intruso na nossa paz de espírito.

Não é uma situação neutra na nossa vida, é um peso negativo – um obstáculo entre nós e a tranquilidade que ansiamos.

Quando começamos a perceber como a desordem nos afeta e afeta nossa casa de maneiras negativas, a motivação para mudar surge quase que naturalmente.

Afinal, quem não quer transformar seu lar em um lugar mais pacífico e com propósito?

E é aí que começamos a dar os primeiros passos para nos livrar da tralha e abrir espaço para a serenidade.

4- Eu vou usar isso um dia

Essa armadilha comum nos faz guardar objetos, roupas e até mesmo documentos para um “algum dia” que raramente ou nunca chega.

É um pensamento que nos prende a coisas que não usamos, não precisamos, mas que mantemos porque acreditamos que um dia poderíamos precisar.

É importante refletir sobre isso.

Se não usamos algo por um longo período de tempo, é provável que esse item não seja tão importante ou essencial para nossa vida quanto pensamos.

Pode ser difícil aceitar isso, especialmente quando o item tem um valor sentimental ou foi caro.

Mas a realidade é que, se não foi útil por um longo tempo, provavelmente não será no futuro.

Além disso, mesmo que a situação ocorra e acabemos precisando desse item, quase sempre há outra solução disponível para nós.

Podemos emprestá-lo de um amigo, alugá-lo ou até mesmo comprá-lo novamente, se for realmente necessário.

Outro ponto a lembrar é que guardar coisas “apenas no caso” não tem um efeito positivo em nossas vidas.

Nosso espaço se torna mais confuso e menos acolhedor, e nossa mente também fica sobrecarregada com a quantidade de coisas que temos para gerenciar.

Deixar ir, por outro lado, tem um efeito libertador.

Quando nos livramos de coisas que não usamos e não precisamos, criamos espaço para coisas novas e úteis em nossa vida.

Também liberamos nossa mente do peso de gerenciar esses itens inúteis.

Isso nos ajuda a viver vidas mais livres, intencionais e felizes, cercadas por coisas que realmente trazem benefício e valor para nossas vidas.

5- Isso foi um presente e não posso desfazer dele

Presentes muitas vezes nos fazem sentir culpados, como se tivéssemos uma obrigação de mantê-los para sempre.

Mas a verdade é que o verdadeiro valor de um presente não está no objeto em si, mas na intenção e no carinho que foram colocados quando alguém decidiu nos presentear.

Quase ninguém tem a intenção de nos sobrecarregar com um presente, pelo contrário, a maioria das pessoas apenas querem nos abençoar através de um gesto de carinho.

E se o presente que recebemos não está trazendo alegria ou utilidade para nós, muito provavelmente a pessoa que nos deu também não gostaria que o mantivéssemos.

6- Será um desperdício desfazer disso

Sentir-se culpado por desperdício pode nos fazer manter coisas que não usamos.

Mas ter bagunça não é útil para ninguém.

Doar coisas, reciclar ou vendê-las permite que sejam úteis em outro lugar, o que é uma maneira muito melhor de evitar o desperdício.

E se estamos segurando itens que francamente pertencem ao aterro sanitário, pode ser útil lembrar que esse item vai acabar lá de qualquer maneira – seja agora ou mais tarde.

É sempre importante mergulhar profundamente nas mentalidades e crenças que moldaram a vida que vivemos.

Isso é especialmente verdadeiro se estamos cercados por bagunça em nossa casa.

Ao encarar de perto cada uma dessas armadilhas, vemos que elas realmente não nos ajudam a viver vidas melhores.

Elas não nos servem. Ainda pior, elas nos travam.

E é hora de repensar todos elas.

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