AS REDES SOCIAIS ACABARAM COM O MINIMALISMO

Tempo de leitura: 4 min

Escrito por Roberto Kirizawa
em 04/03/2024

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Quando iniciamos nossa jornada no mundo do minimalismo, é natural que tenhamos o desejo de aprender mais sobre o assunto.

A maneira mais comum de fazer isso é buscando informações nas redes sociais.

Até aí, tudo bem, no entanto, é crucial entender que, ao navegar pelas redes sociais, estamos entrando em território desconhecido, onde a veracidade e a qualidade das informações não são garantidas, tornando necessária uma abordagem mais criteriosa.

Em nossa busca, podemos nos deparar com informações errôneas e conflitantes.

Estas, ao invés de esclarecer nossas dúvidas e nos ajudar a entender melhor o minimalismo, podem acabar criando mais confusão e incerteza.

Pior ainda, podem nos desviar do verdadeiro significado e propósito do minimalismo.

Além disso, em meio a essa avalanche de informações, podemos encontrar discursos que apresentam o minimalismo de uma maneira distorcida.

Esses discursos, ao invés de incentivar o minimalismo como um estilo de vida libertador e equilibrado, podem retratá-lo de uma forma radical ou extremista.

Isso pode causar um efeito contraproducente, afastando muitas pessoas que estavam começando a se interessar por este estilo de vida mais leve e simples.

Por isso achei interessante conversarmos sobre esse assunto hoje.

Tempo excessivo

O primeiro ponto importante a entender no contexto das redes sociais é que elas são projetadas com o objetivo principal de prender nossa atenção pelo maior tempo possível.

Isso é intrínseco à natureza dessas plataformas e é parte integrante do jogo.

Devemos reconhecer e entender essa dinâmica para que possamos virar o jogo a nosso favor.

Portanto, quando decidimos entrar no universo das redes sociais, é importante que já tenhamos clareza sobre o assunto que desejamos aprender.

Com esse objetivo em mente, devemos nos concentrar nisso e fazer um esforço consciente para ignorar todas as outras coisas que inevitavelmente aparecerão no nosso caminho.

Isso pode incluir uma variedade de distracções, como memes, piadas, discursos de ódio, propagandas e muitos outros conteúdos que não estão alinhados com nosso objetivo de aprendizado.

Um aspecto adicional que pode ser extremamente útil é a delimitação do tempo que pretendemos usar para navegar nas redes sociais.

É fácil perder a noção do tempo nessas plataformas, por isso estabelecer um limite de tempo pode ser uma estratégia eficaz.

Isso não só ajuda a manter um senso maior de foco, mas também pode aumentar nossa produtividade, evitando que passemos tempo excessivo navegando sem propósito.

No entanto, se não tomarmos essas precauções, é bem provável que a experiência nas redes sociais se transforme em um buraco negro de tempo.

Você pode entrar com a intenção de pesquisar um tópico específico e, antes que perceba, várias horas se passaram.

E o pior: você pode se descobrir nessa situação sem ter conseguido pesquisar sobre o assunto que originalmente pretendia estudar.

Ansiedade e estresse

As redes sociais desempenham um papel de destaque na vida de muitas pessoas atualmente.

Com seu uso quase onipresente, elas não apenas influenciam a maneira como nos comunicamos, mas também têm um impacto significativo na maneira como nos sentimos sobre nós mesmos e nosso lugar no mundo.

Infelizmente, um dos efeitos colaterais do uso das redes sociais é o aumento da ansiedade e do estresse.

Essas plataformas, embora possam ser uma fonte de conexão e compartilhamento de ideias, também fomentam uma cultura de comparação social constante.

Quando navegamos pelas redes sociais, somos bombardeados com imagens cuidadosamente selecionadas e frequentemente idealizadas da vida de outras pessoas.

Seja a viagem perfeita, a casa impecavelmente organizada ou a aparência impecável, somos constantemente expostos a representações que podem fazer nossa própria vida parecer inadequada em comparação.

E ao invés disso ser um ponto de motivação para a nossa transformação, acaba sendo um ponto de frustração.

Acabamos concluindo de que nunca alcançaremos os resultados que vemos nas redes sociais e por isso abandonamos qualquer tentativa de melhorar nossas vidas.

Afinal todos que estão nas redes sociais são perfeitos, com casas perfeitas realizando as viagens dos sonhos e nós somos quem?

Somos o João Ninguém que nunca vai ter isso na vida – é o que pensamos.

Mas não deve ser assim!

Sobrecarga de informações

As redes sociais, com seu fluxo constante de informações, podem facilmente levar a uma sobrecarga de informações.

Tal sobrecarga pode resultar em uma sensação de exaustão mental e confusão, pois pode se tornar difícil separar o que é relevante e verídico do que não é.

Uma inundação de opiniões, conselhos e ideias de todas as direções pode nos deixar perdidos, sem saber a quem ou o que dar crédito.

Este fenômeno pode ser especialmente problemático quando se trata de tópicos mais complexos ou nuances, como a filosofia do minimalismo.

Com tantas interpretações e adaptações diferentes do conceito, pode ser difícil saber o que é “correto” ou “errado”.

Portanto, é essencial ser seletivo e criterioso ao escolher quais influenciadores seguir e quais ideias adotar.

Lembre-se de que nem toda opinião ou conselho encontrado nas redes sociais é necessariamente válido ou saudável.

É muito importante lembrar que, no final das contas, a pessoa mais capaz de decidir o que é melhor para você, é você mesmo.

Portanto, ao buscar inspiração e direção, sempre faça uma pausa para refletir sobre como as informações se alinham com seus próprios valores, necessidades e circunstâncias.

Manter essa abordagem consciente e crítica na maneira como consumimos informações nas redes sociais é vital para preservar nossa sanidade mental e qualidade de vida.

Só assim você terá condições de conquistar uma vida leve, com significado!

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