Frequentemente nos deparamos com dificuldades para organizar certos espaços da casa e não encontramos soluções práticas para manter tudo em ordem.
A verdade é que não queremos encarar a verdade de que muitas vezes o problema não está na falta de organização, mas sim no excesso de coisas que acumulamos.
Para simplificar nossa vida e criar espaços mais funcionais, precisamos primeiro identificar o que realmente é necessário manter em nossa casa.
O destralhe é o primeiro e mais importante passo para conquistar um ambiente verdadeiramente organizado.
Por isso hoje eu vou te passar 10 itens que você antes de ficar quebrando a cabeça em organizar, deveria avaliar se realmente precisa manter ou se é melhor doar, vender ou descartar.
Vou te mostrar que é possível viver com menos e ter uma casa mais funcional, sem precisar de soluções mirabolantes de organização.
1. Potes plásticos
Eu acredito que os potes plásticos é um dos maiores vilões em ocupar espaço nos armários da cozinha, dificultando a devida organização.
Além disso, muitos desses potes acabam sem tampa, amassados ou manchados com o tempo, criando aquela gaveta ou armário caótico que todos conhecemos.
A verdade é que precisamos de muito menos potes do que imaginamos, e manter apenas os que realmente usamos com frequência já resolve grande parte do problema.
Um conjunto pequeno de potes de qualidade, podendo inclusive ser de vidro, é mais do que suficiente para a maioria das famílias.
2. Toalhas
Que jogue a primeira pedra aquele que comprou toalhas novas, mas acabou mantendo as antigas.
E mesmo que elas ainda estejam em bom estado, precisamos ser honestos: quantas toalhas realmente precisamos?
Se você comprou toalhas novas deve ser porque as antigas estavam precisando ser trocadas, certo?
Ou se você comprou toalhas novas e as antigas ainda estavam em bom estado, sinto em lhe dizer que você provavelmente comprou sem necessidade real.
Esse é um comportamento muito comum que acaba gerando acúmulo desnecessário em nossas casas.
A recomendação é ter 2 jogos de toalhas por pessoa, incluindo toalhas de banho, rosto e mão.
Manter toalhas extras “só por garantia” acaba criando armários abarrotados e dificulta encontrar o que realmente precisamos no dia a dia.
3. Produtos de higiene pessoal
Os produtos de higiene pessoal é outra categoria de coisas que tendem a se multiplicar dentro do armário do banheiro.
Isso acontece com grande frequência porque a cada dia é lançado um novo produto que promete fazer milagres com os cabelos, com a pele e assim por diante.
O ideal é não cair na tentação de querer experimentar todos os produtos que surgem no mercado.
Acabe usando apenas os produtos essenciais que você já conhece e que funcionam bem para você.
Tenha apenas um item de cada categoria em uso e, no máximo, um de reserva para evitar compras por impulso e acúmulo desnecessário.
Se quiser experimentar um novo produto, espere acabar o seu atual para só então comprá-lo.
4. Utensílios de cozinha
Aqui vamos falar de outro item que costuma acumular nas gavetas da cozinha: os utensílios.
Quantas espátulas, colheres, pegadores e outros itens você tem duplicados ou até triplicados?
Na maioria das vezes, um conjunto básico de utensílios de qualidade é suficiente para preparar qualquer refeição.
Uma coisa que acontece muito é, ao comprar um jogo novo de talheres, acabar mantendo alguns dos talheres do jogo antigo (que ainda estavam em bom estado).
Porém isso só gera acúmulo desnecessário e uma gaveta desorganizada.
Se você comprou um novo jogo de talheres, é porque o antigo já não estava atendendo suas necessidades ou você queria uma mudança visual na sua cozinha.
Por isso é melhor doar os talheres do jogo antigo para que pode estar precisando do que mantê-los ocupando espaço desnecessário na sua casa.
Além de gerar uma boa ação, você evita o acúmulo e mantém apenas o que realmente usa e aprecia.
Muitos desses utensílios acabam ocupando espaço precioso nas gavetas e nunca são utilizados, ou são usados tão raramente que não justificam seu espaço permanente na cozinha.
5. Roupas
As roupas são um dos maiores desafios quando falamos de acúmulo.
Muitas vezes guardamos peças que não usamos há anos, seja por apego emocional ou pela esperança de que um dia voltaremos a usá-las.
Um guarda-roupa funcional deve conter apenas as peças que você realmente usa e que te fazem sentir bem.
Não adianta ter dezenas de roupas se você sempre usa as mesmas 10 peças.
Além disso, manter roupas que não servem mais ou que não combinam com seu estilo atual só gera frustração e ocupa espaço valioso no seu armário.
Uma dica é fazer o exercício do cabide invertido: vire todos os cabides para o lado contrário e, conforme for usando as roupas, coloque o cabide na posição normal.
Após 6 meses, você terá uma visão clara do que realmente usa.
As peças que ficarem com os cabides invertidos são candidatas ao destralhe, pois provavelmente não fazem mais parte da sua rotina ou do seu estilo atual.
6. Sapatos
Assim como as roupas, os sapatos são itens que tendem a se acumular em nossos armários, mesmo quando não os usamos com frequência.
Um exercício interessante é observar quais sapatos você realmente usa no dia a dia.
Geralmente, mesmo tendo muitos pares, acabamos usando sempre os mesmos 3 ou 4 que são mais confortáveis e versáteis.
Manter sapatos que não usamos há meses ou anos só ocupa espaço e dificulta a organização do ambiente.
Além disso, o couro e outros materiais podem se deteriorar com o tempo quando não são usados regularmente.
Se você tem sapatos em bom estado que não usa mais, considere doá-los para alguém que realmente precisa.
Isso não só ajuda outras pessoas, mas também cria mais espaço e ordem no seu ambiente.
7. Roupas de cama
Assim como outros itens domésticos, tendemos a acumular roupas de cama além do necessário, especialmente lençóis e fronhas.
Um conjunto de lençóis extras por cama é mais do que suficiente para a maioria das famílias.
Isso permite que você tenha um jogo em uso e outro limpo para revezar.
Ter mais conjuntos do que isso só vai resultar em armários lotados e dificuldade para encontrar o que precisa.
Além disso, quanto mais jogos de cama você tiver, mais tempo e energia serão gastos com lavagem, dobra e armazenamento dessas peças.
Opte por manter apenas conjuntos de boa qualidade que realmente combinam com sua decoração e são confortáveis para usar.
8. Joias
Muitas pessoas acumulam uma quantidade excessiva de joias e bijuterias, o que acaba criando uma verdadeira bagunça nas caixas e gavetas destinadas a esses itens.
O acúmulo de bijuterias baratas é especialmente problemático, pois elas tendem a enferrujar, desbotar e quebrar com facilidade, tornando-se inutilizáveis com o tempo.
O melhor é ter poucas peças de joias e bijuterias – apenas aquelas que você realmente usa e gosta. Escolha peças boas, que valem a pena manter.
Avalie suas peças e mantenha apenas aquelas que:
- Você usa regularmente
- Combinam com seu estilo atual
- Estão em bom estado de conservação
- Têm significado especial para você
Dessa forma, além de ter um espaço mais organizado, você terá mais facilidade para escolher e combinar suas peças no dia a dia.
9. Documentos e papéis
O acúmulo de documentos e papéis é um problema comum em muitas casas, onde acabamos guardando recibos antigos, extratos bancários e documentos que já não têm mais utilidade.
Uma boa prática é digitalizar documentos importantes e descartar adequadamente os papéis que não têm valor legal ou sentimental.
Mantenha apenas os documentos originais essenciais, como certidões, escrituras e contratos importantes, organizados em uma pasta específica.
Dá trabalho fazer isso, mas é muito recompensador quando você precisa encontrar um documento específico posteriormente de forma fácil.
Além disso, ter menos papéis físicos ajuda a manter sua casa mais organizada e livre de poeira.
A sensação de ter tudo digitalizado e facilmente acessível traz uma verdadeira paz de espírito.
10. Livros e revistas
Embora livros sejam itens preciosos, é importante ser seletivo com o que mantemos em nossas estantes.
Muitas vezes guardamos livros que já lemos e sabemos que não vamos reler, ou revistas antigas que ocupam espaço valioso nas nossas casas.
Considere doar livros que não fazem mais parte da sua jornada atual e opte por versões digitais de revistas para evitar o acúmulo físico.
Para facilitar a minha vida, considerando que já me mudei para o Japão, morei por lá durante 6 anos, mudei de volta para o Brasil e vivi como nômade digital durante 1 ano, eu resolvi manter minha biblioteca digitalizada.
Dessa forma posso acessar todos os meus livros favoritos de qualquer lugar, sem me preocupar com peso ou espaço físico.
Além disso, recursos como marcadores digitais, busca por palavras-chave e sincronização entre dispositivos tornam a experiência de leitura ainda mais prática e eficiente.
Porém, entendo que algumas pessoas preferem o contato físico com os livros, e nesse caso, a recomendação é manter apenas aqueles que realmente têm significado especial ou que você consulta com frequência.
Conclusão
Destralhar é mais do que simplesmente se desfazer de coisas – é uma mudança de mentalidade que nos ajuda a viver de forma mais consciente e intencional.
Antes de investir tempo e dinheiro em soluções de organização, como caixas organizadoras ou armários novos, é fundamental fazer uma análise honesta do que realmente precisamos manter.
Quando reduzimos nossos pertences ao essencial, naturalmente a organização se torna mais simples e sustentável.
Não precisamos de sistemas complexos de organização quando temos apenas o que usamos e valorizamos de verdade.
Lembre-se: o objetivo não é ter uma casa perfeitamente organizada, mas sim um espaço funcional que sirva bem à sua rotina e necessidades atuais.
Comece hoje mesmo seu processo de destralhe e descubra como viver com menos pode trazer mais leveza e praticidade para seu dia a dia.
Só assim será possível alcançar uma Vida Leve, com Significado!
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